Reciclagem

Inicialmente, antes de adentrar na questão de que forma a reciclagem de lixo contribui para a sociedade, é necessário que façamos uma pequena reflexão sobre alguns aspectos relacionados à constante degradação ambiental, de maneira que nos seja possível estruturar juízo sobre a gravidade da conduta antiecológica. Historicamente, temos o agravamento da situação ambiental no planeta iniciou-se no final do século XVIII, após a Revolução Industrial. Como sabemos, a melhoria das condições de vida na sociedade, verificada a partir desta época, contribuiu para o crescimento populacional, o qual gerou a necessidade de investimento em novas técnicas de produção, voltadas ao atendimento da demanda, cada vez maior, por bens e serviços. Tal fato resultou na intensificação da exploração dos recursos naturais e, conseqüentemente, no aumento da produção de resíduos poluentes. O que se verificou, desde então, foi que o desenvolvimento da sociedade humana não se fez acompanhar do controle e planejamento adequados, gerando assim mais problemas que soluções.

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Sistema de coleta seletiva

Reciclar é um ato crucial para proteger o meio ambiente, mas os achados deste estudo mostram que a reciclagem é a última alternativa para a preservação ambiental que, por sinal, não é ainda feita pela grande maioria da população (58% da população ainda não separa o lixo para a reciclagem.
Em outras palavras, é antes de tudo importante conscientizar a população e as grandes corporações que primeiramente reduzir a produção de resíduos seguida da reutilização de materiais (tais como o verso de folhas já impressas, por exemplo) faz-se necessário muito antes da reciclagem, que é a última tentativa da preservação ambiental prejudicada pelo excesso de lixo. Prova disso é o fato de que nem todos os materiais podem ser reciclados, ou seja, muito lixo permanece no planeta poluindo-o por longos anos, sem contar o lixo tóxico que não tem destino e não se sabe ao certo como lidar com ele.

A sensação que temos é de que aquelas poucas pessoas (físicas ou jurídicas) que separam o lixo para ser reciclado gabam-se de fazê-lo sem o discernimento de que, na verdade, estão fazendo apenas o mínimo.

Cabe então a pergunta: se o lixo orgânico já é por si só bastante poluente, exatamente porque é principalmente composto pelos próprios resíduos humanos, então, por que não planejar para evitar, ao máximo, a produção de lixo inorgânico extra?

Ao que parece, a questão do excesso de lixo no planeta é muito mais uma questão estrutural do que cultural. Afinal, o grande cerne da questão remonta sobre a prevenção do lixo e isso é calcado no planejamento das atitudes e produções humanas.

Se por um lado o próprio sistema capitalista é por si só o principal causador da necessidade de tamanha produção de lixo - uma vez que a necessidade do consumo de bens duráveis implica em alto volume de produção para satisfazer a vontade consumista da população, muitas vezes apenas estimuladas por estratégias mercadológicas que excedem suas reais necessidades básicas do ser humano – por outro lado, e por conseqüência de precisarmos nos integrar neste sistema, a própria sociedade prejudicada ambientalmente por suas atitudes impensadas, se exime da co-responsabilidade de mudar a situação, gerando, por exemplo, depósitos clandestinos de lixo, na tentativa ludibriar o governo quando é ela própria a principal atingida, por exemplo, seus filhos podem ser contaminados pelas bactérias produzidas pela sua própria atitude individual.

Devido a uma forte falta de planejamento e até descaso que vem sendo dado a esta situação por toda a existência humana, a conseqüência acaba sendo a falta de hábito do reaproveitamento ou reciclagem de material, que, portanto, chega ao nível cultural. Em outras palavras, é necessário criar-se a base para um planejamento sustentável do lixo e, como segundo passo, educar a sociedade sobre seu proveito. Não somente conscientizar sobre seus benefícios como também criar estratégias que ajudem a população a encontrar nos materiais reciclados ofertas que supram além das necessidades básicas, mas também as supérfluas, que incluem até vaidade humana. Só assim, os produtos reciclados hoje considerados inferiores em qualidade, mas que já sustentam muitas famílias carentes que fazem da reciclagem sua renda familiar, poderão ser vistos como requintados e por que não cobiçados?. Nesse sentido, o marketing agora deverá ser um aliado ao invés de inimigo.

Em suma, podemos especular que a reciclagem de lixo, quando última alternativa inevitável, é tão importante que beneficia as duas esferas extremas da sociedade: tanto é capaz de contribuir para reverter a situação sócio-econômica, uma vez que se torna uma profissão para as classes menos privilegiadas, como também pode ser usada como alavanca mercadológica para as classes de maior poder aquisitivo.

  Atualmente, o sistema de coleta seletiva utilizado em Florianópolis, se faz pela COMCAP, é “de porta a porta”. O lixo é “separado” nos domicílios e coletado semanalmente pela Cia. através de caminhões baús. É separado apenas o lixo seco.
fontes







   Referências www.lixo.com.br
www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/reciclagem_de_lixo.htm Naturalü Fashion - www.naturalfashion.com.br Wikipédia, a enciclopédiaü livre

Um comentário:

  1. Anônimo21/9/11

    Adorei o design desse blog e o conteúdo é excelente!

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