Economia e Reciclagem

O mercado de produtos reciclados movimenta cerca de US$ 4 bilhões ao ano, e traz benefícios ao meio ambiente.

O Alumínio
Para fabricar o alumínio metálico, usa-se como matéria-prima o minério de alumínio, conhecido como bauxita. O Brasil tem uma das maiores reservas do mundo, estimada em 870.000 toneladas. O grande nó desse produto é que ele é eletrolítico. É a corrente elétrica que possibilita tal façanha. Gasta-se muita energia elétrica, que é cara, para produzir alumínio. Por isso se diz que o alumínio metálico tem altíssimo conteúdo de energia. Quando reintroduzimos o alumínio metálico na linha de produção,reaproveitado, por exemplo, as latinhas de refrigerante, poupamos muita energia, o que significa redução de custos. Reutilizando alumínio já produzido, conseguimos uma economia de 96% da energia necessária para produzir o minério.

O Plástico
Nos últimos anos, tem-se verificado uma tendência de aumento na utilização de plásticos. Até a década de 50, o material predominante utilizado em embalagens de materiais sólidos era o papelão, e os materiais preferidos para armazenamento de líquidos eram o vidro e as latas. De lá para cá, os plásticos conquistaram o mercado das embalagens, devido ao baixo custo.

Por muito tempo se negligenciou o problema do descarte desses materiais. Seu fim era e ainda tem sido, na maioria dos casos, os aterros sanitários, diferente dos vidros, que geralmente são reutilizados, e do papel, que é biodegradado no meio ambiente.

Atualmente, o interesse de vários segmentos industriais no reaproveitamento de diversos tipos de plástico vem crescendo. Do processo esquematizado abaixo, surge o formato de novos objetos: solas de tênis e sapatos, interruptores de tomadas, baldes, mangueiras, etc.
O processo para reciclagem do plástico:

1. O material plástico é separado manualmente;
2. moído e e diluído sob intensa agitação;
3. a massa agitada é separada e seca;
4. depois de seco é aglutinado e vai para extrusora que dá formato ao objeto desejado (solas de tênis, mangueiras, etc).
O Vidro
Desde 1986, a indústria de vidro no Brasil desenvolve um programa de reciclagem permanente, baseado num processo de educação e instalação dos chamados "papa-vidros" em diversos locais públicos e privados. O programa contempla um suporte técnico na criação de centros de tratamento, para onde é encaminhado o material vítreo coletado, o qual é selecionado, descontaminado, moído, lavado e, finalmente, encaminhado para indústria, onde novamente será reutilizado como matéria-prima no fabricação de novos vidros.

Para produzir materiais vítreos, há considerável gasto com energia para alimentar os fornos que fundem o vidro. Dependendo do tipo de vidro, a temperatura pode variar entre 1500 e 1600ºC em contínua produção; o forno normalmente é alimentado por óleo combustível, gás natural ou, em alguns casos, eletricidade. A fusão é etapa que gasta mais energia, perfazendo aproximadamente 80% do total usado para transformar o mineral, por exemplo, numa garrafa.

A reciclagem de vidros significa também uma economia significativa de energia, já que o vidro reciclado contém uma energia que, de outra forma, deveria ser fornecida. Comparativamente, a temperatura usada para refundir o vidro reciclado é menor e permite economizar cerca de 100 litros de óleo combustível (ou seu equivalente) para cada tonelada de vidro produzido.
No Brasil, o vidro ainda corresponde a 3% dos resíduos urbanos, mas é bem possível que essa porcentagem diminua, porque o vidro é um material 100% reciclável, por uma tecnologia simples, barata e consagrada, que mantém excelente qualidade nos novos produtos gerados a partir da sucata, além de haver interesse financeiro da indústria e conscientização da população. O Brasil produz atualmente cerca de 890 mil toneladas de embalagens de vidro por ano. Cerca de 25% desse total provém de matéria prima reciclada.

Papel e papelão
Para cada tonelada de papel são poupada aproximadamente 20 árvores! Além da preservação das florestas, a reciclagem proporciona uma economia de energia em torno de 70%, portanto, além do retorno em termos ecológicos, temos também uma economia de energia e água na produção de papel, a partir do papel velho que seria jogado no lixo.

O papel, depois de selecionado e enfardado, é vendido para as indústrias de papel que o utilizam como matéria-prima na produção de papel novo. Alguns exemplos: Papel toalha, guardanapos, lenços de papel, papel higiênico e papel para impressão. Nas indústrias gráficas: cadernos, livros, caixas para embalar produtos alimentícios e caixas de papelão para uma infinidade de utilidades.

O papel é feito tradicionalmente de fibras de vegetais. Para a produção de 1 tonelada de papel, gastam-se quase 100 mil litros de água tratada, muita energia e mais de 50 árvores adultas. Quando se aproveita o papel já usado, os gastos são extremamente reduzidos: economia de 50% a 80% de energia e o corte de 20 à 30 árvores são poupados. Nas grandes cidades, quase 25% do lixo é constituído de papel e o Brasil, por incrível que pareça, ainda importa papel de outros países.

Nenhum comentário:

Postar um comentário