OS RAIOS-X

Os raios-X são radiações da mesma natureza da radiação gama (ondas eletromagnéticas), com características idênticas. Só diferem da radiação gama pela origem, ou seja, os raios-X não saem do núcleo do átomo.
Raios-X não são energia nuclear. Os raios-X são emitidos quando elétrons, acelerados por alta voltagem, são lançados contra átomos e sofrem frenagem, perdendo energia. Não têm, pois, origem no núcleo do átomo.Raios-X são energia atômica
Toda energia nuclear é atômica, porque o núcleo pertence ao átomo, mas nem toda energia atômica é nuclear.
Outro exemplo de energia atômica e não nuclear é a energia das reações químicas (liberadas ou absorvidas).
O que ocasionou o acidente de Chernobyl
O acidente ocorreu durante experimentos com os sistemas da usina. Para realizar testes com o reator, o sistema automático de segurança foi desligado. Como o reator foi operado a potência muito abaixo do limite inferior por período muito longo, houve um superaquecimento. O reator do modelo existente em Chernobyl, que utiliza grafite como moderador dos nêutrons, pode-se tornar rapidamente muito instável, o que ocorreu. Quando os operadores da sala de controle resolveram desligá-lo, não foi mais possível, pois a potência do reator cresceu, ao invés de decrescer. A reação em cadeia cessou imediatamente, mas o aquecimento provocou uma explosão de vapor e gases. A energia liberada levou ao deslocamento da laje superior de concreto. Gases e partículas radioativas foram lançados para a atmosfera. O ar exterior que entrou na central levou à combustão da grafite. O incêndio do prédio foi extinto três horas e meia depois, mas a grafite continuou queimando, emitindo produtos de fissão. Só no décimo primeiro dia acabou a combustão da grafite e a conseqüente liberação de material radioativo. Acidentes como o da usina de Chernobyl, por exemplo, não podem ocorrer em usinas como a de Angra, que utiliza reator a água pressurizada (PWR), em que os elementos combustíveis estão dentro de um grande e resistente vaso de pressão de aço, circundado por contenção que impede quaisquer emissões em caso de acidente. Nos reatores do tipo PWR o sistema automático de segurança não pode ser bloqueado; usa-se água que, diferentemente do grafite, não entra em combustão quando aquecida. Além disso, o edifício do reator é uma estrutura de segurança, construída para suportar impactos, e não simplesmente um prédio industrial convencional, como o de Chernobyl. Os elementos combustíveis em reatores do tipo de Chernobyl ficam contidos em canais dentro de uma matriz de grafite. O conjunto não possui envoltório, obrigatório nos reatores utilizados no Ocidente. As análises do acidente apontaram para um sistema deficiente de desligamento de emergência, além de violações de procedimentos por parte do pessoal de operação. Reatores como o da usina de Chernobyl só se construíam dentro da antiga União Soviética e só eram exportados para países ligados ao bloco soviético.

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