A religião

A busca por mais informações sobre as religiões me levaram a diversas surpresas, anteriormente desconhecidas . Ainda que já viésse de alguma maneira procurando informações sobre as religiões, nessa pesquisa, dois fatos em especial me chamaram a atenção.

O primeiro deles refere-se ao Budista tradicional, onde nos observamos que, na prática, muitos dos seguidores dessa doutrina admiram e veneram o Buda, contudo, parecem não terem compreendido que “Buda” na verdade é um estado avançado de confraternização com o universo, que o próprio Buda levou anos buscando. Em outras palavras, o Buda trabalhou anos em prol da busca da iluminação e seus ensinamentos eram de que todos fizessem o mesmo, mas aparentemente houve um viés quando algumas pessoas passaram a admirar o Buda enquanto objeto de veneração do que propriamente buscar, tal como ele, seguir o trajeto para iluminação espiritual. Contudo, esse fenômeno vem se revertendo com o Novo Budismo, onde seus seguidores já vêm compreendendo os reais propósitos da religião e a característica desta crença vem se transformando. Esse fato nos levar a crer que os homens demoram muito tempo para realmente entender o propósito dos ensinamentos dos seus mestres, pois parece que seus dizeres são interpretados de maneira errônea na primeira estância, mas gradativamente vão se adequando. Tal como aconteceu com Jesus Cristo, aconteceu também com o Buda.


O segundo fato proeminente, não relacionado especificamente a nenhuma religião, é a contradição humana diante de sua crença em Deus. Para aqueles que acreditam na Bíblia, apresentam-se contraditórios quando abnegam o que Deus falou sobre o amor sobre todos os homens, dizendo que para amá-Lo, antes de tudo, é preciso amar a todos os irmãos de maneira igual, sem qualquer pré-conceituação, ou seja, é necessário estar em harmonia com todos. No entanto, sobretudo dentro das próprias pessoas que se dizem crentes em Deus, os preconceitos estão visivelmente presentes. Parece na verdade que muitos humanos vivem em completa cegueira, pois sequer têm consciência do que estão pregando e se tornam, às vezes até por ignorância, hipócritas.

Pesquisar religião foi, acima de tudo, um prazer porque é um assunto chamativo para nossas vidas cotidianas e que nos remete a várias questões existenciais. É antes de tudo uma busca pessoal. Depois de todo o tempo que pesquisamos sobre o assunto apenas nos levou a acreditar que a crença dos seres humanos sob sua existência é um tema infindável. A impressão que dá é que cada vez que tentamos nos aproximar de conhecer as infinitas religiões, mais percebemos o quanto muito falta para ainda entendê-las. A pesquisa aqui foi apenas acadêmica, mas não findou a procura pessoal pela compreensão interior.

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